sábado, 26 de dezembro de 2009

5- PASSOS PARA UMA ORAÇÃO PÚBLICA

5- PASSOS PARA UMA ORAÇÃO PÚBLICA
2 – Passo : Pregando nas Orações Públicas
As orações de alguns bons homens são mais como pregações do que orações. Eles antes expressam a mente do Senhor para o povo, do que os desejos do povo para o Senhor. Na verdade, isto dificilmente pode ser chamado oração. Poderia, em outra ocasião, fazer parte de um bom sermão, mas proporcionará pouca ajuda àqueles que desejam orar com seus corações.
A oração deve ser concisa e composta de suspiros ao Senhor, tanto de confissão, petição como de adoração. Não deveria ser somente bíblica e evangélica, mas experimental; expressão simples e natural dos desejos e sentimentos da alma. Assim será se o coração estiver vívido e envolvido no dever. Deve ser assim, se a edificação de outros é o alvo em vista.
A FÁBRICA DE ÍDOLOS
Passo – 2 OS MEIOS DE IDENTIFICAR A IDOLATRIA
Um segundo meio de identificar idolatria é a convicção do Espírito Santo enquanto perscruta o coração e identifica uma área de idolatria que ainda temos de tratar adequadamente. Examinarmos a nós mesmos não é encorajado nas Escrituras; nós nos enganamos muito facilmente. "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?" (Jr. 17:9). Precisamos clamar a Deus que nos perscrute e depois, buscarmos ser perceptivos, responsivos e arrependidos, conforme Ele nos revela nosso próprio coração. Nós necessitamos, desesperadamente, da obra persuasiva e iluminadora do Espírito Santo.
Um dos outros.
Em terceiro lugar, devemos estar prontos para sermos confrontados por outros, em amor, em condições de identificar e definir nossos ídolos do coração como descritos pelas Escrituras. "Os puritanos sabiam que homens pecadores são demorados em aplicar a verdade a si mesmos", J. I. Packer nos diz, "ainda que rápidos para ver como ela se aplica aos outros". Evitemos esta atitude e, ao invés dela, busquemos, conscientemente, a correção uns dos outros, que Deus deseja que recebamos.
Muitas mudanças significativas na minha vida cristã, ocorreram, não quando estava sozinho e empenhado no meu período devocional, mas quando outros foram mandados por Deus, como meio de graça para mim; mais freqüentemente quando minha esposa, ou outro líder com o qual eu sirvo, mostram áreas de pecado na minha vida que são óbvias para eles.
É assustador quão claro meu pecado pode ser para uma outra pessoa, e quão totalmente esquecido eu posso ser quanto ao que se esconde no meu coração.
Recentemente, dois pastores do Covenant Life Church, procuraram corrigir-me sobre um problema que era claro para eles, mas, infelizmente, não para mim. Não houve falha na comunicação deles. Eles falaram com clareza e precisão, repetidamente, na verdade. Não havia dúvida quanto o significado de suas palavras. Ainda assim, eu não pude ver, absolutamente, como o pecado particular que eles estavam descrevendo, se aplicava a mim.
Reconheci daquele encontro que, embora o discernimento de outros é freqüentemente necessário, nunca é suficiente. O Espírito Santo e as Escrituras devem ainda acionar a chave que confirma o que foi dito. Embora eu fosse lento em perceber o pecado que eles descreviam, eu sou profundamente grato pela amizade e paciência destes homens e pela obra do Espírito Santo através daquela interação.
Conflitos de relacionamento.
Tiago 4:1-12 trata dos ídolos revelados através dos conflitos de relacionamento. Nos fala que tais desavenças revelam cobiças e anseios. Freqüentemente experimentamos alguns destes antagonismos quando alguma relação falha em atender nossas expectativas ou esperanças. Numa relação particular, posso desejar, por exemplo, um certo nível de respeito, ou grau de compromisso ou investimento de tempo que a outra pessoa não pode ou não irá prover. Qualquer reação pecaminosa que eu faça em relação a esta deficiência, é um sinal claro que meu desejo tornou-se um ídolo.
Circunstâncias.
Circunstâncias podem revelar os ídolos do nosso coração através de testes que vem de duas maneiras: adversidade ou prosperidade. Os testes de adversidade podem ser os mais óbvios, mas os de prosperidade podem ser, com freqüência, os mais difíceis (leia o livro de Tiago).
Como John Owen observou, alguns dos mais horrendos pecados cometidos por alguns dos mais santos na história, foram praticados não em período de adversidade mas de prosperidade. Pior que isto, aqueles pecados foram cometidos depois de anos de fidelidade através de adversidades, sofrimentos e perseguições num grau que não podemos começar a relatar. Homens como Davi, Noé, Ezequias pecaram mais gravemente em períodos de prosperidade.
Dor.
Dor excessiva é outra área que pode revelar idolatria. Não podemos negar a realidade da dor física ou psicológica, ou as lutas ou tentações associadas com o fato de sermos pecadores. Mas, quando a reação de dor é excessiva ou distorcida, ela pode revelar a presença de um ídolo.
Modo de falar.
Vamos observar também, como nos comunicamos. É tão fácil usarmos termos extremos tais como: "Ele me corrigiu e eu fiquei arrasado". Por quê? É hora de perguntar a você mesmo: "Que ídolo meu coração está criando que me arrasaria por uma palavra de correção destinada para o meu bem?" (Se você não está arrasado, mas usou a palavra, conhecendo seu verdadeiro significado, então porque você busca receber mais atenção do que a situação permite?)
Comportamentos corrompidos.
"Fazei pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lascívia, desejo maligno, e a avareza, que é idolatria". Aqui, as Escrituras não poderiam ser mais claras. Certos comportamentos são sempre idolátricos.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

UMA IGREJA VIBRANTE

IGREJA PENTECOSTAL MANANCIAL DE ÁGUAS VIVAS NO RJ


ESTA É A PRIMEIRA PARTE DO PROJETO DA IPMAV RJ, QUE TERÁ SUAS INSTALAÇÕES AMPLIADAS EM BREVE.
A IPMAV É UMA IGREJA VIBRANTE DE APENAS 08 ANOS DE EXISTÊNCIA, MAS QUE JÁ SE PREPARA PARA UM FUTURO PROMISSOR, POSTO QUE TEM COMO VISÃO PRINCIPAL: "A PREGAÇÃO DO EVANGELHO COM EQUILÍBRIO". SEM A PRETENSÃO DE QUERER SER ÚNICA, MUITO MENOS A MELHOR DENOMINAÇÃO DO RJ, NÓS PRETENDEMOS SIMPLESMENTE SER PREGOEIROS DO EVANGELHO DO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO NA SUA ESCENCIA SEM OS MALEFÍCIOS DA SOCIEDADE MODERNA E SEM OS MISTICISMOS DO PASSADO.
A IPMAV TEM SUA SEDE NA RUA BARRA MANSA 433, NO BAIRRO DE COELHO NETO NO RIO DE JANEIRO. ONDE FUNCIONA O CET-IPMAV (CENTRO DE ESTUDOS TEOLÓGICOS DA IPMAV).
NOSSOS CULTOS, SÃO REALIZADOS NAS TERÇAS, QUINTAS E DOMINGOS SEMPRE AS 19:00hs.

A FÁBRICA DE ÍDOLOS EM 03 PASSOS

A FÁBRICA DE ÍDOLOS EM 03 PASSOS

por C. J. Mahaney
Fazer mais do que definir e brevemente esboçar os conceitos associados com idolatria, é impossível, considerando as páginas disponíveis desta revista. Contudo, é vital que façamos assim, porque idolatria é o problema tratado com mais freqüência nas Escrituras. Seguramente podemos concluir disto, que idolatria é nosso problema mais predominante.
Os expressivos retratos de idolatria das Escrituras - o bezerro de ouro de Arão (Ex.32), o roubo de Raquel dos ídolos do lar de seu pai (Gn. 31) e a exposição vívida de Isaías do absurdo da adoração de ídolo (Is. 44:13-20), por exemplo - tratam de pecados que estão tão presentes em nossos corações, quanto estavam nos dos pagãos e dos adoradores do demônio no Velho Testamento. Sempre que depositamos qualquer porção de nossa confiança, não importando quão pequena, em algo que não seja o próprio Deus, você e eu cometemos atos de idolatria exatamente tão sérios quanto se dobrar diante de uma imagem de madeira grosseiramente talhada. Portanto, idolatria, de um ou de outro tipo, precede cada um de nossos incontáveis pecados.
Trataremos deste tópico, não com o propósito de condenação (a condenação foi abolida para o cristão, graças a completa obra de Cristo), mas para iluminação: um entendimento claro da verdadeira natureza e penetração de nosso própria idolatria. Também procuraremos a definitiva, inegável mudança que se torna possível pela graça de Deus, quando nos conscientizamos da profundidade da nossa inerente propensão para o pecado e depois, em total contraste, da estatura da santidade de Deus.


PASSO 01-IDOLATRIA NO SÉCULO 20
"O coração humano é uma fábrica de ídolos", escreveu Calvino. "Cada um de nós é, desde o ventre materno, experto em inventar ídolos". De fato, diariamente enfrentamos tentações para criar novos ídolos, nos quais depositarmos nossa esperança. Esta esperança e confiança, em qualquer outra coisa, que não Deus, é a essência da idolatria. Ken Sande escreve: "Em termos bíblicos, um ídolo é alguma outra coisa, que não Deus, na qual empregamos nosso coração (Lc.12:29, 1 Co. 10:6), que nos motiva (1 Co. 4:5), que nos controla ou governa (Sl. 119:133), ou a qual servimos (Mt. 6:24)". Como Richard Keyes salienta, idolatria é extremamente sutil e penetrante: "Toda sorte de coisas são ídolos em potencial, dependendo somente, das nossas atitudes e ações concernentes a elas... Idolatria pode não envolver negações explícitas da existência de Deus ou de Seu caráter. Ela pode vir também, na forma de um afeto excessivo a algo que é, em si mesmo, perfeitamente lícito... Um ídolo pode ser um objeto físico, uma propriedade, uma pessoa, uma atividade, uma posição, uma instituição, uma esperança, uma imagem, uma idéia, um prazer, um herói, qualquer coisa que possa substituir Deus".
Aqui está João Calvino, de novo: "O mal em nosso desejo, caracteristicamente não repousa no que queremos, mas em o querermos muito".
Quando um desejo, mesmo por algo não naturalmente mal em si mesmo, se torna um ídolo? Como posso determinar se eu quero alguma coisa exageradamente? Não é difícil de saber.
Faça a si mesmo, as seguintes perguntas: Porque eu quero isto?; qual será minha reação se eu não conseguir o que quero?; e se eu conseguir, mas me for tomado?; em resumo, qual é o proveito do meu desejo?; se ele me é negado, o que acontece no meu coração? continuarei, apaixonadamente, a procurar conformidade com Cristo ou me cercarei de auto-piedade, amargura, malevolência ou queixumes (os quais, no fim das contas, são direcionados a Deus)?.
O que ocorre no seu coração quando você não é reconhecido por algum serviço no âmbito de dons? quando lhe negam uma certa posição? quando você é substituído? o que ocorre no seu coração em um conflito de relacionamento?
Como é que nossas reações pecaminosas aos testes de caráter diários e comuns, são, na verdade, antes atos de adoração e obediência direcionados a ídolos, do que a Deus? Muito simples; porque Deus nos ordenou, nas Escrituras, a confiar nEle, o Único Soberano, como fonte suprema da realização de todas as coisas.
Quando um desejo não realizado me tenta, com êxito, a cometer qualquer pecado, seja de discórdia, amargura ou raiva, eu demonstro que estive confiando na realização daquele desejo para alcançar minhas necessidades, ao invés de confiar em Deus. Que estive agindo sobre minha, agora exposta, crença de que eu sei, melhor que Deus, o que é bom para mim. Que nesta área da minha vida, eu destronei Deus e coloquei, no Seu lugar, um ídolo feito por mim e este ídolo, nada mais é do que uma manifestação de uma faceta da minha própria natureza pecaminosa, que se auto glorifica e deifica. Eu substitui o Deus que eu professo, por um falso deus, um deus funcional, um que só pode me prejudicar.

5 PASSOS PARA UMA ORAÇÃO PÚBLICA

Creio que ao orarmos publicamente, muitos de nós não têm a noção exata se está edificando ou enfadando aqueles que nos ouvem enquanto nos dirigimos a Deus. Em oposição a orações estudadas e formais, muitas vezes divagamos em nossas vãs repetições. Noutra situação é difícil dizer "AMÉM!", quando malmente se consegue ouvir o que foi dito pelo que ora. Queira Deus que aqueles que oram publicamente possam ser acompanhados, em atitude de adoração, e ao final, a congregação possa dizer com convicção e para a glória do Senhor: "ASSIM SEJA!".
Zoênio Filho
* * *
5 PASSOS PARA UMA ORAÇÃO PÚBLICA
Por Astencler Augusto

Seria muito desejar que nossos corações fossem, de tal forma, movidos pelo senso das coisas divinas e tão intimamente empenhados quando adoramos a Deus, que pequenas circunstâncias não tivessem o poder de nos interromper ou desconcentrar, ou de nos fazer achar o culto enfadonho e o tempo que empregamos nele, tedioso. Mas, como nossas debilidades são grandes e muitas, e o inimigo de nossas almas é vigilante para nos descompor, se aqueles que dirigem as reuniões de oração não tomarem cuidado, elas poderão tornar-se um peso e uma ocasião de pecado.
Passo 1- A Duração das Orações Públicas
A principal falta de algumas boas orações é que elas são muito longas; não que eu ache que devemos orar pelo relógio e limitar-nos precisamente a um certo número de minutos, mas é melhor que os ouvintes desejem que a oração seja mais longa, do que passem metade do tempo desejando que ela acabe.
Isto freqüentemente se deve a uma delonga desnecessária sobre cada circunstância que se apresenta, bem como repetições das mesmas coisas.
Se tivermos nos estendido nas súplicas por bênçãos espirituais, é melhor ser breve e sumário na intercessão por outros. Ou se a disposição de nossos espíritos, ou as circunstâncias nos conduzam a ser mais extensos e minuciosos em expor os casos de outros perante o Senhor, deveríamos nos lembrar desta intenção, no início da oração.
Existem, sem dúvida, épocas em que o Senhor se agrada em favorecer aqueles que oram, com peculiar liberdade. Eles falam porque sentem. Eles tem um espírito lutador e tem dificuldades para desistir.
Quando este é o caso, aqueles que se juntam a eles raramente se cansam, apesar da oração exceder os limites usuais. Mas eu creio que algumas vezes acontece, tanto na oração quanto na pregação, de nos prolongarmos quando na realidade temos pouco a dizer.
Orações longas deveriam ser, de maneira geral, evitadas, especialmente onde muitas pessoas orarão sucessivamente, do contrário, mesmo ouvintes espirituais não conseguirão manter sua atenção. E aqui eu gostaria de notar uma impropriedade que nos defrontamos: quando uma pessoa dá a expectativa que está para concluir sua oração, e alguma coisa, não considerada no devido tempo, ocorre naquele instante a sua mente, e o conduz como se começasse de novo. Mas, a menos que seja um assunto de singular importância, seria melhor que fosse omitido.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

OmelhorGinecologista

O melhor ginecologista:

Devia ser chamado de, o melhor ser humano...
Uma mulher chega apavorada no consultório de seu ginecologista e diz:

- Doutor, o senhor terá que me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e já estou grávida novamente. Não quero filhos em tão curto espaço de tempo, mas num espaço grande entre um e outro...

O médico então perguntou:

- Muito bem. O que a senhora quer que eu faça?

A mulher respondeu:

- Desejo interromper esta gravidez e conto com a sua ajuda.

O médico então pensou um pouco e depois de algum tempo em silêncio disse para a mulher:

- Acho que tenho um método melhor para solucionar o problema.
E é menos perigoso para a senhora.

A mulher sorriu, acreditando que o médico aceitaria seu pedido.

Ele então completou:

- Veja bem minha senhora, para não ter que ficar com dois bebês de uma vez, em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em
seus braços.
Assim, a senhora poderá descansar para ter o outro, terá um período de descanso até o outro nascer. Se vamos matar, não há diferença entre um e outro. Até porque sacrificar este que a senhora tem nos braços é mais fácil, pois a senhora não correrá nenhum risco...

A mulher apavorou-se e disse:

- Não doutor! Que horror! Matar um criança é um crime.

- Também acho minha senhora, mas me pareceu tão convencida disso, que por um momento pensei em ajudá-la.

O médico sorriu e, depois de algumas considerações, viu que a sua lição surtira efeito. Convenceu a mãe que não há menor diferença entre matar a criança que nasceu e matar uma ainda por nascer, mas já viva no seio materno.

O CRIME É EXATAMENTE O MESMO!!!!!
Você sabe desde quando Deus te ama?

DESDE O VENTRE DA TUA MÃE! "

Vida Cristã

"BEM AVENTURADO aquele
cuja transgressão é perdoada."
Um comentário do Salmo 32:1-2
Por João Calvino (1509-1564)
"BEM-AVENTURADO aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano."
Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada. Esta exclamação brota do fervente amor existente no coração do salmista, bem como de uma séria consideração.
A quase totalidade do mundo, afastando seus pensamentos do julgamento de DEUS, trouxe sobre si um descuido fatal e se intoxicou com prazeres ilusórios. Davi porém, como se tivesse sido assaltado pelo temor da ira de DEUS, de forma tal, que precisasse ser conduzido à misericórdia de DEUS, estimula outros a mesma prática, declarando, claramente e em alta voz, que aqueles que estão reconciliados com DEUS, são abençoados de maneira que, apesar de merecerem ser tratados como Seus inimigos, são considerados Seus filhos.
Alguns estão tão cegos pelo orgulho e hipocrisia, e outros por um desprezo tal por DEUS, que não estão nem um pouco preocupados em buscar perdão, mas todos reconhecem que precisam dele, até porque não existe um só homem cuja consciência não o acuse em relação ao julgamento de DEUS e o atormente com muitas censuras. Por conseguinte, a confissão de que todos necessitam de perdão, porque não há homem perfeito e somente quando DEUS nos perdoa é que estamos bem, é extorquida da natureza humana, mesmo daqueles homens maus. Mas, a hipocrisia fecha os olhos de multidões, enquanto outros estão tão iludidos por uma perversa segurança carnal, que também não são alcançados pelo sentimento da ira divina, ou tem somente uma apática sensação dela.
Disto procede um duplo erro: primeiro, que tais homens, se transformassem seus pecados em luz, não refletiriam nem a centésima parte do perigo que correm em relação a indignação de DEUS; segundo, inventam expiações frívolas objetivando libertá-los da culpa e barganhar o favor de DEUS.
Assim, em todas as épocas, esta tem sido a idéia predominante, que, apesar de todos os homens estarem infectados pelo pecado, estão, ao mesmo tempo, adornados com méritos que são calculados com o fim de obter o favor de DEUS, e que, apesar de O provocarem com seus crimes, eles tem expiações e argumentos preparados para obter sua absolvição.
Esta ilusão de Satanás é igualmente comum entre os papistas, turcos, judeus e outras nações.
Todo homem, portanto, admite a verdade da declaração de que os homens estão em um estado miserável a menos que DEUS trate misericordiosamente com eles, não lhes imputando os seus pecados. Mas Davi vai mais longe, declarando que toda a vida do homem está sujeita a ira e maldição de DEUS, exceto quando Ele concede da Sua livre graça para recebê-los no Seu favor. Sobre isso o Espírito, que falou por Davi, é um intérprete incontestável e testemunha para nós através da boca de Paulo, "Assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça sem as obras, dizendo: Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos." (RM 4:6-7).
Se Paulo não tivesse usado esse testemunho, seus leitores nunca teriam penetrado no real significado daquilo que foi dito pelo profeta, pois constatamos que os papistas, apesar de cantarem em seus templos: "Abençoados são aqueles cujas iniqüidades são perdoadas", etc, passam sobre isso como se fosse um ditado comum, de pouca importância. Mas com Paulo, esta é a definição completa da justiça da fé; como se o profeta tivesse dito que os homens somente são bem-aventurados quando são reconciliados com DEUS e contados como justos por Ele.
A bem-aventurança que Davi celebra, destroi a justiça das obras. A invenção de uma justiça parcial com a qual os papistas e outros se iludem, é mera tolice e mesmo entre aqueles que são destituídos da luz da doutrina celeste, ninguém será tão louco de imputar, a si mesmo, uma justiça perfeita, como parece ser o caso nas expiações, lavagens e outros meios de apaziguar DEUS, o que sempre esteve em voga entre as nações. Mas, apesar disto, não hesitam em impor suas virtudes sobre DEUS, como se, por elas, eles adquiririam, por si próprios, uma grande parte da sua bem-aventurança.
Davi, entretanto, prescreve uma diferente ordem na busca da felicidade, tudo deve começar com o princípio de que DEUS não pode se reconciliar com aqueles que são dignos da destruição eterna, por qualquer outro meio que não seja perdoando-os graciosamente e concedendo-lhes Seu favor. E ele declara, de forma devida, que se a misericórdia é restringida, todo homem deve ser totalmente desprezível e condenável, pois se todos os homens são naturalmente inclinados somente para o mal, até que sejam regenerados, toda sua vida prévia, é óbvio, deve ser repulsiva e repugnante à vista de DEUS. Além disso, como mesmo depois da regeneração, nenhuma obra que o homem possa realizar pode agradar DEUS, a menos que Ele perdoe o pecado que se associa a ela, eles devem eliminar a esperança da salvação. Certamente nada irá permanecer para eles, a não ser razão para um terror maior.
Que as obras dos santos são indignas de recompensa porque elas são manchadas, parece um duro discurso aos papistas. Mas, nisto eles denunciam sua ignorância grosseira, estimando, de acordo com suas próprias concepções, o julgamento de DEUS, em cujos olhos o próprio brilho das estrelas nada mais é do que trevas.
Portanto, esta é uma doutrina estabelecida: que somos considerados justos diante de DEUS pela remissão gratuita de pecados. Este é o portão para a salvação eterna e, por conseguinte, só aqueles que confiam na misericórdia de DEUS, são bem-aventurados. Devemos ter em mente o contraste que já mencionei, entre crentes que, abraçando a remissão de pecados, confiam somente na graça de DEUS, e todos os outros que não se colocam no santuário da divina graça.
Além disso, quando Davi repete três vezes a mesma coisa, não o faz por vã repetição. De fato, é suficientemente evidente que bem-aventurados são aqueles cuja iniquidade é perdoada; mas a experiência nos ensina quão difícil é ser persuadido disto, de maneira a ter isto perfeitamente estabelecido em nossos corações.
A grande maioria, como já mostrei anteriormente, enredada por seus próprios raciocínios, afasta dela, o mais longe possível, o terror da consciência e todo o medo da ira divina. Eles tem, sem dúvida, um desejo de ser reconciliados com DEUS e, contudo, evitam a visão dEle, ao invés de buscar Sua graça sinceramente e com todo o seu coração. Aqueles, por outro lado, a quem DEUS verdadeiramente despertou de forma a ser afetado com o senso vívido de suas misérias, são tão constantemente agitados e inquietados, que é difícil restaurar paz as suas mentes. Eles experimentaram a misericórdia de DEUS e esforçam-se em lançar mão dela, e, contudo, são freqüentemente confundidos ou vacilam sob os múltiplos assaltos que vem sobre eles. As duas razões pela qual o salmista insiste tanto no assunto do perdão de pecados é que ele pode, por um lado, erguer aqueles que dormem, influenciar os descuidados e avivar os desanimados, e que pode, por outro lado, tranqüilizar mentes aflitas e apreensivas com uma confissão segura e firme. Para a primeira razão, a doutrina pode ser aplicada da seguinte maneira: "O que você quer dizer, ó homem infeliz?! que uma ou duas alfinetadas da consciência não o perturbam? Suponha que um certo conhecimento limitado dos seus pecados não é suficiente para prostrá-lo com terror; todavia, quão despropositado é continuar a dormir confiadamente, enquanto você está encoberto por um imenso peso de pecado?".
Para a Segunda razão, esta repetição fornece não um pequeno conforto e confirmação aos débeis e fracos. A medida que as dúvidas estão freqüentemente surgindo sobre eles, uma após outra, não é suficiente que sejam vitoriosos em um conflito somente. Este desespero, portanto, não os pode dominar; em meio aos vários pensamentos com os quais são inquietados, o Espírito Santo confirma e ratifica a remissão dos pecados com muitas declarações.
Agora é apropriado pesar a força particular da expressão empregada aqui. Certamente a remissão que estamos tratando não harmoniza-se com justificativa. DEUS, a medida que leva embora os pecados, os cobre e não os imputa, está perdoando-os graciosamente. Sobre isto os papistas, confiando em suas justificativas e obras privam-se desta bênção. Além disso, Davi aplica estas palavras ao perdão completo. A distinção, portanto, que os papistas fazem aqui entre a remissão da punição e da falta, pela qual eles inferem somente meio perdão, não é, definitivamente, o propósito.
É necessário considerar a quem esta alegria pertence, o que pode ser facilmente deduzido da circunstância de tempo. Quando Davi foi ensinado, que era bem-aventurado através da misericórdia de DEUS somente, ele não era estranho à igreja de DEUS; ao contrário, ele se destacava sobre muitos no que dizia respeito ao temor e culto a DEUS, na santidade de vida e tinha se exercitado nos deveres de piedade. E mesmo depois de ter feito estes avanços na religião, DEUS trabalhou com ele de tal maneira, que ele colocou o alfa e o ômega da sua salvação em sua gratuita reconciliação com DEUS. Nem foi sem razão que Zacarias, na sua canção, representa "o conhecimento da salvação" como consistindo em conhecer "a remissão de pecados"(Lc. 1:77). Quanto mais alguém se excede na santidade, mais ele sente que está muito longe da justiça perfeita e mais claramente percebe que não pode confiar em nada além da misericórdia de DEUS. Por isso, aqueles que pensam que o perdão dos pecados é necessário somente no início da justificação, estão enganados. Desde que os crentes estão envolvidos em muitas faltas todos os dias, de nada irá lhes adiantar o fato de já terem entrado no caminho da justiça, a menos que a mesma graça que os trouxe para ele, os acompanhe até o último passo da sua vida. Alguém faz objeção, que em outra parte das Escrituras são chamados de bem-aventurados aqueles "que temem ao Senhor", "que andam nos Seus caminhos", "que são justos em seus corações", etc? A resposta é fácil, a saber, assim como o perfeito temor ao Senhor, a perfeita observância da lei e a perfeita justiça de coração, não pode ser encontrada em ninguém, tudo que a Escritura diz sobre bem-aventurança, é fundamentada no favor gratuito de DEUS, pelo qual nos reconcilia com Ele. Em cujo espírito não há engano.
Nesta oração, o salmista distingue os crentes dos hipócritas e daqueles que desprezam a DEUS, nenhum dos quais se preocupa com essa felicidade, nem podem alcançar o seu gozo. Na verdade, os maus são conscientes de sua culpa, mas ainda assim, sentem prazer na sua maldade; endurecem-se na sua impudência e riem das advertências; ou se satisfazem com lisonjas enganosas, que os livra do constrangimento diante da presença de DEUS.
Embora se sintam infelizes pelo senso de sua miséria e incomodados com tormentos secretos, eles, ainda assim, com um esquecimento perverso, sufocam todo o temor de DEUS. Como hipócritas, se suas consciências, em qualquer tempo, os incomoda, eles aliviam sua dor com remédios ineficazes, de modo que se DEUS, em qualquer tempo, os convoca ao Seu tribunal, não sei que fantasmas eles apresentam para sua defesa. E sempre estão com cobertas capazes de manter fora de seus corações a luz. Estas duas classes de homens são impedidas de buscar a felicidade no amor paternal de DEUS, por causa da sua culpa interna. Não somente isso, mais muitos deles apressam-se, intencionalmente, para a presença de DEUS, ou superestimam-se com uma presunção orgulhosa, sonhando que são felizes, apesar de DEUS estar contra eles. Davi, portanto, quer dizer que ninguém pode provar o que é perdão de pecados até que seu coração seja, primeiramente, limpo do engano. O que ele quer dizer, então, com o termo engano, pode ser entendido do que eu disse anteriormente. Quem quer que não examine a si mesmo como se na presença de DEUS, mas, ao contrário, evitando Seu julgamento, se cobre em trevas, ou se cobre com folhas, lida enganosamente consigo e com DEUS. Não é de se estranhar, portanto, que aquele que não sente sua doença, recuse o remédio.
Os dois tipos de engano que mencionei devem ser particularmente considerados. Poucos podem ser tão endurecidos que não possam ser tocados com o temor de DEUS e com algum desejo de Sua graça, e, ainda assim, serem movidos friamente a buscar perdão. Por esta razão o que acontece é que eles não percebem quão inexprimível alegria é obter o favor de DEUS. Tal foi o caso de Davi, por um tempo, quando uma segurança traiçoeira o encobriu, obscurecendo sua mente e impedindo que se aplicasse zelosamente a perseguir sua felicidade. Freqüentemente os santos caem no mesmo problema. Se, portanto, quisermos experimentar a alegria que Davi propõe aqui para nós, devemos tomar o maior cuidado para que Satanás, enchendo nossos corações de engano, prive-nos de todo senso da nossa miséria.